Casildo de Souza
Casildo de
Souza nasceu em 09 de março de 1925, nesta cidade de Cláudio, filho de Antônio
de Souza Júnior e de Tereza Ângela Gregório. Cresceu recebendo de seu
progenitor a educação e formação moral que um homem necessita para enfrentar tudo
que lhe fosse imposto pela vida.
Cursou o primário no grupo escolar Coronal Joaquim da Silva Guimarães e, depois sob a orientação do Sr. Clarimundo Agapito Paes, obteve excelente formação, que foi concluída no ginásio particular Monsenhor João Alexandre, dirigido pelo Senhor Sebastião Moreira. Nunca abandonou os livros, mesmo em outras épocas estava sempre com os livros nas mãos. Adorava música. Estudou com o Maestro Israel Teixeira da Cunha durante muito tempo.
Na infância, trabalhou duramente na lida da roça, acompanhando seu pai nos afazeres, às vezes, em tarefas incompatíveis com sua idade. Aos 17 anos começou sua independência, negociando gado e outros. Descobriu sua vocação para o comércio e após completar maior idade, estabeleceu-se com o ramo de comércio de armazém e mais tarde açougue. Era honesto com seus negócios, mas não conseguiu acumular riqueza devido a sua mão aberta e a confiança que depositava nos seus fregueses e naqueles que lhe pedissem ajuda. Para os menos favorecidos havia sempre uma folha no seu caderno para vender fiado. Quando era alertado pelo seu pai e outros amigos sobre o risco de vender fiado, o seu coração fala mais alto e dizia “eles não podem morrer de fome”.
Era muito caridoso e nunca negava um pedaço de carne ou toucinho a quantos se aproximassem do seu balcão. Casou-se em 20 de outubro de 1949, com Wimilce Alves com quem deixou filhos. Era severo com sua família porque não suportava malandragem.
Mais tarde entrou para a política sido eleito Vereador e Secretário no período de 15/02/1956 a 01/02/1957 e Presidente da Câmara no período de 02/02/1957 a 18/02/1958. Voltou a assumir o cargo de Secretário, em 19/02/1958 até 31/01/1959. Teve uma participação destacada nesse período, apresentando projetos de melhoria da máquina administrativa, reduzindo cargos, melhorando salários de servidores ativos e aposentados e apoiando o Prefeito nas questões de saúde pública, em especial quanto ao matadouro municipal. Preocupava-se, também, com o abastecimento de energia elétrica e com as estradas municipais, apresentando indicações e requerimentos ao Poder Executivo, no sentido de conseguir melhorias de condições de tráfego.
Entre 24/11/1957 e 03/12/1957, ocupou interinamente a Prefeitura de Cláudio.
Amava sua terra natal e era entusiasmado com tudo de bom que nela acontecia. Gostava muito de escrever e deixou vários textos, chegando a publicar um livro em 1977, com o título “Os maravilhosos rodeios de nossa terra”, em que consta o poema: “Adeus, minha terra”.
Faleceu em 14 de outubro de 1988, com 64 anos, deixando uma grande saudade em seus amigos e familiares.