João Paulo de Amorim Pereira
João
Paulo de Amorim Pereira nasceu em 1869, em Cláudio/MG. Era filho do Capitão Joaquim Rodrigues
Pereira Sobrinho e de Dona Maria Luiza de Amorim.
João Paulo, apelidado de Noca, casou-se, em 18/06/1898, com Duzolina Notini Pereira (Dulica), sua conterrânea, que viveu o primeiro ano de idade, em Carmo da Mata. Tiveram 13 filhos: Jair, Nair, Iná, Almir, Maria (falecida ainda nova), Joacyr, Waldyr, Diamante, Moacyr, Alcyr (falecido ainda novo), Alcyr, Wanyr e Dacyr.
Formou-se farmacêutico, em 30 de março de 1891, pela Escola de Farmácia de Ouro Preto e foi conceituado profissional em Cláudio, onde criou a família e teve a felicidade de formar dois farmacêuticos (Jair e Almir), um médico (Waldyr), dois advogados (Moacyr e Wanyr), um dentista (Alcyr), um comerciante (Joacyr) e um bancário (Dacyr).
Sua
participação na vida política de Cláudio tem início no final do século XIX,
quando eram realizadas as Assembléias Municipais,
João Paulo de Amorim Pereira foi eleito para a primeira Legislatura da Câmara Municipal de Cláudio, mas não compareceu à solenidade de posse dos primeiros vereadores, ocorrida em 1º de junho de 1912, e não apresentou justificativa. Seu lugar foi ocupado, em 05 de junho de 1913, por José Martins Campos.
Na 2ª Legislatura (01/01/1916 a 31/12/1918), João Paulo tomou posse como vereador e na eleição para Vice-Presidente, teve o mesmo número de votos do outro concorrente (José Gonçalves Ferreira Primo), mas perdeu por ser mais novo.
Depois, João Paulo foi reeleito para três legislaturas seguintes (3ª, 4ª e 5ª), ocupando o cargo de Vice-Presidente. Na 6ª Legislatura (08/08/1936 a 29/09/1937), depois de ter exercido a função de conselheiro, no Conselho Consultivo, João Paulo de Amorim Pereira foi eleito Presidente, ficando no cargo até 19 de janeiro de 1937, quando renunciou ao cargo de vereador.
Entre suas principais realizações e projetos, como vereador, estão: projeto em que autoriza ao Presidente acabar o alargamento da rua que vai da estação ao Grupo Escolar (hoje, Avenida Coronel Joaquim da Silva Guimarães); trabalho na elaboração e aprovação dos Estatutos Municipais; empenho na construção da ponte sobre o rio Pará, no Vilela e no abastecimento de água potável à população; proposta de emenda ao Orçamento de 1923, para auxiliar a Sociedade Recreativa de Foot-Ball (futebol); projeto de contrato de Força e Luz Elétrica para o município, em 15 de setembro de 1919, e autorização para que o presidente contraísse um empréstimo de 120 contos com o Estado, para execução desse serviço; emenda ao Orçamento para 1930, acrescentando a cobrança de imposto de “proprietário de Bomba de Gasolina”. Era um claro sinal da atividade em Cláudio e da existência considerável de veículos automotores na cidade.