Joaquim da Silva Guimarães, Quinca Barão
Joaquim
da Silva Guimarães nasceu em 21 de maio de 1868, na cidade de Cláudio, sendo o
filho caçula de Domingos José da Silva Guimarães e D. Inês Perpétua de Jesus.
Contrariando
os desejos paternos, para que seguisse a carreira militar, Joaquim, depois de
estudar no Caraça e
Casou-se com Florescena Teixeira Guimarães, Dona Cecena, ex-noiva de seu irmão Teotônio, que faleceu logo após formar-se em Medicina, no Rio de Janeiro. Joaquim tinha 24 anos e Florescena, 16. Foram morar na Fazenda da Praia. Tiveram os seguintes filhos: Inês, Domingos, Custódio, Maria, José Primeiro, Antônio, Teotônio, Manoel, Francisco, Joaquim, José Segundo, José Terceiro, José Quarto e José Quinto.
Bem antes da emancipação política de Cláudio, Joaquim da Silva Guimarães atuava na Câmara de Oliveira, por delegação eleitoral, como vereador pelo distrito de Cláudio. Desejoso de ver o progresso alcançar sua terra natal, ele conseguiu junto à Administração oliveirense, grandes melhorias para o distrito, e, ele próprio, favoreceu esse crescimento com o incremento da atividade agrícola em suas terras, com especial fomento à produção de café.
Dentro de um amplo processo estadual de descentralização administrativa, ocorrido em 30 de agosto de 1911, por meio da Lei nº556, Cláudio, dentre vários outros distritos mineiros, obteve sua emancipação. Em 1º de junho de 1912, foi instalada a nossa 1ª Câmara Municipal, com os vereadores: Joaquim da Silva Guimarães, Clarimundo Agapito Paes, Dr. Felício Brandi, José Gonçalves Ferreira Primo, João Baptista de Assis e Ascânio Cândido de Moraes Castro.
Joaquim foi o 1º presidente da Câmara, cargo que equivalia ao de Chefe do Executivo Municipal; e que manteve de 1º de junho de 1912, até 26 de setembro de 1930. Durante esse período, teve como auxiliar direto o Sr. Antônio Rocha Santiago.
Era uma época de muitas dificuldades e de grandes demandas para o município, que dava seus primeiros passos, sem a tutela de Oliveira. Era necessária a construção de um grupo escolar, de uma santa casa, de pontes, de estradas, de tudo que tornasse mais fácil a vida dos claudienses.
Naquele tempo, sensível para o setor social, cultural e educativo, a Câmara Municipal já subsidiava a Conferência Vicentina, a Lira Municipal e a Caixa Escolar. Em 1924, o serviço de canalização de água foi implementado e demais serviços como telefonia, eletricidade (Usina do Corumbá), saúde pública e educação, constavam do orçamento anual do município. No início da década de 1930, o Quinca Barão tinha terminado de construir, com recursos próprios, o prédio da Santa Casa (onde hoje funciona o Ginásio Quinto Alves Tolentino) e, devido à crise do café, não a pôs em funcionamento.
Ele, como tantos outros, foram surpreendidos por uma revolução que iniciou uma nova página na história brasileira. Ainda assim, Joaquim participou do Conselho Consultivo e de um pequeno período da Câmara, de 08 de agosto a 13 de outubro de 1936, quando faleceu, aos 68 anos de idade, vítima de uma gangrena na perna. Foi uma vida voltada para o crescimento e prosperidade de Cláudio.